quantas mentiras vos conto aqui...
é verdade que gostava de estar sentadinha na beira de uma lua, mas uma lua só minha...
quase como o planeta do Petit Prince, como ele, queria ter uma lua minha, só minha, onde pudesse ver o pôr do sol mais de mil vezes se só bastasse mudar a minha cadeira ora um pouco para a esquerda ora mais um pouquinho para a direita... e permanecer por lá, daquele meu alto, a olhar a terra e toda a sua vida, com as suas pessoinhas, atarefadas nos seus afazeres... creio que como o principezinho chegar-me-ia um dia o aborrecimento e a solidão tais, que quereria conhecer, no meu caso, outras luas... com outras pessoas donas dos seus pequeninos satélites...
mas mesmo assim poderia dizer que tinha uma lua que me pertencia, onde podia ficar sentada na beirinha, no centro, ficar de pé, a fazer o pino... sentada a contar as estrelas, ou só ficar sentada a contemplar a minha lua, a sua pequenez que me aparecia como tão grande, tão minha... tão linda a minha lua... no altinho do nada, sozinha e feliz, iluminada por mil sóis...
companheira da minha solidão!
suspiro...
era bom que se pudesse apanhar um expresso lunar, que parasse mesmo à entrada das nossas almas e nos guiasse até uma lua próxima, calma, segura, uma lua só nossa!
poder libertar por puros instantes a pontinha dos pés e navegar pelo infinito...
*
é verdade que gostava de estar sentadinha na beira de uma lua, mas uma lua só minha...
quase como o planeta do Petit Prince, como ele, queria ter uma lua minha, só minha, onde pudesse ver o pôr do sol mais de mil vezes se só bastasse mudar a minha cadeira ora um pouco para a esquerda ora mais um pouquinho para a direita... e permanecer por lá, daquele meu alto, a olhar a terra e toda a sua vida, com as suas pessoinhas, atarefadas nos seus afazeres... creio que como o principezinho chegar-me-ia um dia o aborrecimento e a solidão tais, que quereria conhecer, no meu caso, outras luas... com outras pessoas donas dos seus pequeninos satélites...
mas mesmo assim poderia dizer que tinha uma lua que me pertencia, onde podia ficar sentada na beirinha, no centro, ficar de pé, a fazer o pino... sentada a contar as estrelas, ou só ficar sentada a contemplar a minha lua, a sua pequenez que me aparecia como tão grande, tão minha... tão linda a minha lua... no altinho do nada, sozinha e feliz, iluminada por mil sóis...
companheira da minha solidão!
suspiro...
era bom que se pudesse apanhar um expresso lunar, que parasse mesmo à entrada das nossas almas e nos guiasse até uma lua próxima, calma, segura, uma lua só nossa!
poder libertar por puros instantes a pontinha dos pés e navegar pelo infinito...
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1 comment:
Eu sou uma pessoa dona de um pequeno satélite e da mesma forma como chegou ao principezinho sei que o aborrecimento e a solidão acabará sempre por se fazer sentir, e como tu irei querer conhecer outras luas e outras pessoas donas dos seus pequeninos satélites.
E penso será que se apanhasse um expresso lunar ele iria levar-me a uma lua onde por ironia do destino fosse encontrar a calma e a segurança que tanto procuramos...uma lua só nossa!
Sabendo sempre que terei o meu pequeno satélite que sempre me irá abrigar e acolher caso essa nossa lua não nos consiga libertar e confortar para navegarmos pelo infinito...
* Bruno
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